FCT tem novo presidente

A partir de 01 de Janeiro, João Sentieiro é o novo presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, substituindo Ramoa Ribeiro, cujo mandato finda.
O novo responsável pelos destinos da FCT é

Professor catedrático do Instituto Superior Técnico, este especialista em Engenharia Electrotécnica e Robótica tem desempenhado funções no Conselho dos Laboratórios Associados, foi director do Instituto de Sistemas e Robótica e delegado nacional junto de programas de investigação e tecnologia como o AURORA, da Agência Espacial Europeia.

4 + 1 na Universidade do Porto

A Universidade do Porto, cumprindo uma deliberação do Senado, reestruturou os seus cursos, no âmbito do processo de Bolonha, num esquema de 4 + 1.

Os cursos de segundo ciclo, que concedem o grau de mestre, terão a duração de três a quatro semestres (90 a 120 unidades de crédito) e os de terceiro ciclo, que conferem o grau de doutor, prolongam-se por seis semestres (180 unidades de crédito), refere a fonte.

Bolonha

João Cardoso Rosas opina sobre Bolonha, no Diário Económico.

«O chamado processo de Bolonha é uma imposição burocrática que visa tornar compatíveis entre si os sistemas de ensino superior dos Estados europeus e permitir – alegam os governos – a mobilidade académica e profissional. Mas este processo é inútil. Como sabem todos aqueles que estão dentro do ensino superior, o facto de não existir até agora essa compatibilização dos sistemas nunca impediu os interessados de tirar cursos de graduação ou pós-graduação noutros países, de dar aulas nesses países, de ter projectos de investigação internacionais, etc. Também não é a falta de compatibilidade dos sistemas que impede os interessados de encontrar trabalho no estrangeiro. Os obstáculos à mobilidade sempre foram os do desconhecimento da língua e das características próprias dos outros países e, sobretudo, a preferência que os países dão aos seus nacionais no acesso à educação e ao trabalho. Nada disso mudará com Bolonha».

(Via Grande Loja)

CRUP unifica provas de acesso

... e diminui designações dos cursos de 825 para 124. Este é, a julgar pelo Público (link pago), o conteúdo de uma proposta apresentada ao Governo e aprovada no passado dia 14 de Dezembro no Funchal.

«Documento do CRUP prevê que licenciaturas com a mesma designação exijam o mesmo exame a uma disciplina nuclear»

ou seja:

«O Conselho dos Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) apresentou ao Governo uma proposta de revisão das regras de acesso ao ensino superior que passa pela definição de uma única prova de acesso comum a todas as licenciaturas que tenham a mesma designação.»

e ainda a defesa de

«uma única disciplina nuclear obrigatória para cada um dos 124 cursos que entendem dever existir»

por exemplo, Matemática obrigatória para todas as engenharias; Português para todos os cursos de formação de professores; ou biologia para todas as licenciaturas em Ciências da Vida.

Gago admite Medicina nos privados

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior admitiu hoje a criação de novos cursos privados de Medicina ainda nesta legislatura, desde que tenham qualidade.

Grupo dinamizador de Bolonha à espera

Tarda o despacho de constituição do grupo, e regulamentação sobre a aplicação do processo de Bolonha, noticiava o Público de hoje (link pago).

«Mais de dois meses após o anúncio da criação do Grupo Dinamizador do Processo de Bolonha (que visa a harmonização do ensino superior no espaço europeu) e da nomeação de Pedro Lourtie como presidente, o despacho de constituição do grupo continua por publicar.
Apesar de a iniciativa ter partido de Mariano Gago, ministro da Ciência e do Ensino Superior, Pedro Lourtie, professor do Instituto Superior Técnico e ex-secretário de Estado do Ensino Superior, garante que, desde o anúncio à comunicação social da criação do grupo, feito a 14 de Outubro, nunca conseguiu encontrar-se com o governante. E que várias reuniões foram desmarcadas».

Governo «complica» entrada do MIT em Portugal

Noticiava hoje o Diário digital:

«A entrada do Massachusetts Institute of Technology (MIT) em Portugal pode estar em risco devido a divisões no interior do Governo relativamente ao Plano Tecnológico.

Ao que o Diário Económico apurou, a Universidade Nova de Lisboa já ofereceu 20 hectares junto à sua Faculdade de Ciências e Tecnologia, no Monte da Caparica, para ali ser instalado um pólo de investigação e formação de pós-graduados em Portugal, mas o reitor da UNL, Leopoldo Guimarães, revelou ao jornal que as negociações estão cada vez mais difíceis.

Uma das exigências colocadas pelo instituto norte-americano é que o MIT possa recrutar investigadores junto de todas as universidades nacionais, hipótese que não agrada a alguns elementos do Executivo. Estes defendem que seja apenas uma universidade portuguesa, nomeadamente o Instituto Superior Técnico (IST), a deter a exclusividade da parceria com o MIT».

O Diário Económico traz um historial do processo, e este, e este blog também comentam o caso.

Procura em queda

Aqui ao lado, em Espanha, o Ensino Superior também luta contra a falta de alunos. Este ano lectivo, cerca de 16 por cento das vagas ficaram por preencher.
Tal como em Portugal, os cursos na área das Ciências da Saúde são os mais procurados. No outro extremo, as Humanidades e as Ciências Experimentais são as que registam menor procura.

Politécnicos contra documento do CRUP

Politécnicos temem que o documento "Ensino Superior, Ordenamento da Oferta Educativa", aprovado pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) em 10 de Dezembro último, e que deverá ser entregue à tutela, leve a que "um pouco mais de dois terços dos alunos dos institutos (politécnicos) passassem a pertencer ao ensino universitário".
Como noticiava hoje o Público:

O CCISP reuniu-se ontem em Leiria e tomou uma "posição unânime de repúdio ao documento", que "tem como vector principal os interesses corporativos" das universidades, afirmou Luciano Almeida. No documento, os reitores classificam de formação universitária áreas de formação como enfermagem e engenharias o que, a ser aceite pela tutela, levaria a que "um pouco mais de dois terços dos alunos dos institutos passassem a pertencer ao ensino universitário".

Júlio Pedrosa em entrvista ao JN

Debater as queixas dos alunos do Ensino Superior, apoiar a reforma do Secundário, e estudar a revisão do modelo de concurso. Estas serão as grandes linhas de acção do Conselho Nacional de Educação, diz Júlio Pedrosa no Notícias de hoje.

«Estamos a organizar o nosso programa de acção para o próximo ano. Vai ter um eixo de acção voltado para a educação e as autarquias, partindo de um estudo minucioso que foi elaborado por sugestão dos conselheiros que são autarcas.


pretendemos fazer um diagnóstico do que se passa nas autarquias em matéria de educação. Outra preocupação da generalidade dos conselheiros é identificar, através de um debate nacional, quais são os eixos de convergência sobre questões de educação na sociedade portuguesa.»

Quanto ao Superior:

«Penso que há problemas nas instituições que não têm estado na agenda e preocupa-me não haver essa discussão. Faz sentido discutir se o nível de abandono e reprovações é aceitável. É um problema seríssimo que não vejo ser debatido. A implementação do processo de Bolonha vai ter exigências de organização dos currículos e das estratégias de ensino-aprendizagem muito distintas das usadas no passado e não estou a ver este assunto a ser debatido.»

Louçã preocupado com universidades do Interior

O candidato falava durante uma sessão na Universidade de Évora, promovida pela Associação de Estudantes. Louçã destacou o papel que as universidades do Interior desempenham na coesão nacional, e mostrou-se preocupado quer com a possibilidade de o 2º ciclo de estudos proposto pelo Protocolo de Bolonha não vir a ser financiado pelo Estado; quer com a perspectiva de desregulação do sector, que tenderá a beneficiar os estabelecimentos implantados em regiões de maior densidade demográfica, ou seja, do Litoral.
Como noticiava o Público (link pago):

«O candidato considera "perigosíssima" a ideia de que "tudo se ajustará numa espécie de mercado nacional da educação". "Não houve nenhum outro contributo tão significativo como o desta universidade para manter Évora no mapa", afirmou ontem Francisco Louçã.
O candidato a Presidente da República condenou o "desinvestimento" no ensino universitário, e alertou para o facto de tal medida "prejudicar algumas universidades de referência que foram a salvação de uma parte do país", como em Trás-os-Montes, Algarve e Alentejo. Na sua opinião, "a ideia do desinvestimento para uma concentração, por razões económicas ou de gestão, ignora o problema da interioridade" e do "contributo específico" das universidades para o combater».

Sampaio: educação para adultos é prioritária

"Como entender que tenhamos ainda hoje os níveis mais baixos de escolarização e de qualificação das pessoas adultas da União Europeia, incluindo os jovens da faixa etária 25-34, que a educação e formação de adultos não tenha sido erigida em prioridade política?", questionou Sampaio no I Encontro Nacional de Educação e Formação de Adultos.

Concursos em tribunal aumentam

Há cada vez mais docentes do Superior a contestarem em tribunal os resultados de concursos para a progressão na carreira, admite o presidente do CRUP.

Não existe, por enquanto, nenhum número concreto, mas as impugnações "têm crescido", admite Silva Lopes, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP). A situação tem tido custos crescentes para as instituições, nomeadamente em serviços jurídicos, e já foi analisada numa reunião do CRUP, em que ficou decidido pedir aos vogais do júri que sustentem melhor as suas decisões.

Portugal gasta menos que a UE com estudantes do Superior

Portugal gasta 26,7% do PIB com cada estudante do Ensino Superior, quando a média de despesa da UE a 25 é de 37,1%.
Como noticiava o Público:

Na Europa, cada estudante custa o equivalente a 37,1 por cento do PIB por habitante, segundo um estudo do Eurostat. A despesa anual, em Portugal, com cada estudante do ensino superior é inferior à média da União Europeia (UE): 4328 euros contra 7945.

Em Portugal, o custo de cada aluno correspondeu, em 2002, a 26,7 por cento do PIB por habitante. Na Grécia a percentagem foi de 24,9 por cento. São os países europeus onde o esforço foi menor. A Suécia foi o que investiu mais: 13.568 euros por aluno, qualquer coisa como 56,1 por cento do PIB per capita.

Em média, a UE despendeu com cada estudante o equivalente a 37,1 por cento do PIB por habitante. Bastante menos do que os EUA (57,8 por cento) ou o Japão (43,9).

Recorde-se que, se se analisar apenas ensino básico e secundário, verifica-se que Portugal gasta mais, em relação ao PIB per capita, do que a média dos 25.

Os dados constam de um relatório do Eurostat, o departamento de estatísticas da União Europeia, que analisa como Europa, Estados Unidos e Japão financiaram em 2002 a educação terciária. A publicação, divulgada na última sexta-feira, pode ser encontrada aqui.

Minho vence prémio de Inovação

Dois grupos de investigadores da Universidade do Minho foram contemplados com um prémio no Concurso Nacional de Inovação, organizado por um banco português. De um total de 211 projectos submetidos a concurso, a universidade minhota foi a única do país a vencer em duas categorias.
Um dos projectos foi uma cadeira de rodas omnidireccional, desenvolvida pelo grupo de Robótica do Departamento de Electrónica Industrial. O outro trabalho premiado foi o projecto de tratamento anaeróbio de efluentes complexos contendo gorduras, desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Biológica.

«O matemático que lutou pela Democracia»

Comemora-se este mês o centenário do nascimento do matemático portuense Ruy Luís Gomes. Além da homenagem prestada pela universidade, um blog assinala o evento.

Despesa de I&D cai 4,3%

De acordo com o jornal Público, e com base em números do Eurostat (Departamento de Estatísticas das Comunidades Europeias )

As despesas de investigação e desenvolvimento (I & D) em Portugal
recuaram 4,3 por cento por ano, em termos reais, entre 2001 e 2003, o que traduz
o pior comportamento entre os países da União Europeia (UE).

Em Portugal a despesa de I&D representava em 2003 0,78% do PIB, enquanto a média da União Europeia a 25 era de 1,91 por cento em 2003, e 1,90 por cento da riqueza produzida em 2004.

Nos Estados Unidos, a despesa com I&D em 2003 representava 2,59 por cento do Produto Interno Bruto; no Japão, representava 3,15 por cento do PIB, e na China 1,31 por cento.

Duzentos

Rui Camacho escreve no JN sobre a eliminação de 200 cursos de Ensino Superior, e o Acontecências analisa informadamente o tema:

9,5 + y/z + (-20) = 0? (II)