sexta-feira, dezembro 23, 2005

Bolonha

João Cardoso Rosas opina sobre Bolonha, no Diário Económico.

«O chamado processo de Bolonha é uma imposição burocrática que visa tornar compatíveis entre si os sistemas de ensino superior dos Estados europeus e permitir – alegam os governos – a mobilidade académica e profissional. Mas este processo é inútil. Como sabem todos aqueles que estão dentro do ensino superior, o facto de não existir até agora essa compatibilização dos sistemas nunca impediu os interessados de tirar cursos de graduação ou pós-graduação noutros países, de dar aulas nesses países, de ter projectos de investigação internacionais, etc. Também não é a falta de compatibilidade dos sistemas que impede os interessados de encontrar trabalho no estrangeiro. Os obstáculos à mobilidade sempre foram os do desconhecimento da língua e das características próprias dos outros países e, sobretudo, a preferência que os países dão aos seus nacionais no acesso à educação e ao trabalho. Nada disso mudará com Bolonha».



(Via Grande Loja)

5 Comments:

Blogger João Simão said...

Concordo Boloha corre o risco de não passar de uma grande massa à Bolonesa, com muita carne muida misturada. Fora o trocadilho acho que todo este processo para além de muito confuso pode correr MUITO mal...
Mas é apenas a minha opinião.

sexta-feira, dezembro 23, 2005 7:49:00 da tarde  
Blogger Luís Monteiro said...

Respeito a crítica negativa a Bolonha, mas discordo dela. Na minha opinão o importante é fazer com que Bolonha funcione e não dar como certo desastres hipotéticos. Pode correr mal? É claro que sim. Mas é precisamente pelo poder de prever obstáculos que devemos nos esforçar por eliminar entraves. Objectivando: discordo da opinião de que não existe agora dificuldades na mobilidade. Tb não é verdade que a falta de compatibilidade não seja um problema (sei por experiência própria porque comparei exaustivamente cursos diferentes de Medicina na UE). Há que ver os exemplos dos E.U.A. e Ásia para perceber que a UE precisa de ganhar peso, massa crítica, não de forma desordenada, mas pensada (que é o que Bolonha pode trazer). Precisamos de um Ensino Superior diversificado, multicultural, mas com uma linguagem (créditos, nomes de cursos) semlhantes para eu perceber o que é dado no país X, no curso Y. Existem inúmeros casos de sucesso de docentes e discentes que trabalham (pelo seu mérito)"lá fora", mas o nº é insuficiente. Só mais uma nota: a crítica a Bolonha, por causa do aumento do nº de aulas com presença física dos alunos obrigatória, não é argumento e cria a imagem de preguiça para a opinião pública e responsáveis pelo ensino. Os alunos devem exigir aulas e avaliações com mais qualidade, e não a redução do trabalho.

domingo, dezembro 25, 2005 5:11:00 da tarde  
Blogger JVC said...

A meu ver, tmbém a adesão à CEE e entrada no euro tiveram grndes riscos, mas eram indispensáveis e sobémos evitar muitos desses riscos. Tenho a esperança de que aconteça o mesmo com Bolonha.

terça-feira, dezembro 27, 2005 9:25:00 da manhã  
Blogger João Simão said...

Esclarecer Bolonha…
Quando falo com alguma desconfiança de Bolonha não é pela ideia, nem pela uniformização. É pelo processo que se está a passar para chegar até lá. Pela falta de rumo, pela falta de informação. São estes os pontos que me preocupam. Alguém me sabe explicar o que é de facto “Bolonha” e como vamos chegar lá e quando?
Se alguém o fizer podem contar comigo para apoiar este processo.

domingo, janeiro 01, 2006 10:11:00 da tarde  
Blogger Luís Monteiro said...

Para saber mais sobre Bolonha e ler os documentos oficiais em português visite o site:
http://campus.sapo.pt/faire?artigos=1

domingo, janeiro 08, 2006 1:25:00 da tarde  

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