Vasos Comunicantes e conhecimento
Segundo a lei dos vasos comunicantes um líquido atingirá a mesma altura em cada um dos vasos que comunicam entre si. Em princípio, nada mais “líquido” que o conhecimento. Com efeito, uma das características básicas de um líquido face a um sólido é a faculdade de entrar em qualquer recipiente, tomando a forma deste. Ora o conhecimento pode passar-se a qualquer pessoa, em qualquer altura, de muitas formas, escritas, orais, individual, em grupo. Assim, quem circula entre os que sabem, quem comunica com eles, deverá entrar, no que ao conhecimento diz respeito, numa lógica de vasos comunicantes. Quanto mais conhecimento entrar num vaso, mais isso se repercutirá, beneficamente, nos outros vasos, dado que tenderá a haver um equilíbrio de conhecimento em todas as pessoas que fazem parte do sistema de comunicação.
Acresce a este princípio geral que nunca como hoje a comunicação de conhecimento entre as pessoas se aperfeiçoou a um ponto não há muito considerado inimaginável. Os sistemas de ensino universalizaram-se, a escolaridade é obrigatória, os professores abundam, as bibliotecas estão em toda a parte, os livros são proporcionalmente ao nível de vida cada vez mais baratos, quem tem acesso à Internet pode consultar agora uma infinidade de documentos, nas melhores bibliotecas e universidades do mundo.
Dito isto, coloca-se uma pergunta simples. Se o conhecimento é tão fluido como explicar o tremendo desnível de conhecimento que se verifica entre pessoas, escolas e países? A explicação é bem simples. Enquanto no caso dos líquidos os recipientes são passivos, no caso do conhecimento os recipientes são activos. O conhecimento felizmente não é algo que se mete e se tira de uma pessoa, mas algo que a pessoa adquire, assimila, altera à sua maneira. Não basta criar assim condições excelentes de transmissão de conhecimento, escolas, bibliotecas, professores. Mais fundamental que tudo o resto é preparar as pessoas enquanto membros de uma comunidade de conhecimento para aproveitar as oportunidades extraordinárias de adquirirem conhecimento. Invista-se menos nos meios, e mais no espírito e na cultura, no modo de ser das pessoas. Mais importante que o melhor sistema de ensino é a curiosidade, a apetência pelo conhecimento, que uma cultura inculca nos seus jovens.
Acresce a este princípio geral que nunca como hoje a comunicação de conhecimento entre as pessoas se aperfeiçoou a um ponto não há muito considerado inimaginável. Os sistemas de ensino universalizaram-se, a escolaridade é obrigatória, os professores abundam, as bibliotecas estão em toda a parte, os livros são proporcionalmente ao nível de vida cada vez mais baratos, quem tem acesso à Internet pode consultar agora uma infinidade de documentos, nas melhores bibliotecas e universidades do mundo.
Dito isto, coloca-se uma pergunta simples. Se o conhecimento é tão fluido como explicar o tremendo desnível de conhecimento que se verifica entre pessoas, escolas e países? A explicação é bem simples. Enquanto no caso dos líquidos os recipientes são passivos, no caso do conhecimento os recipientes são activos. O conhecimento felizmente não é algo que se mete e se tira de uma pessoa, mas algo que a pessoa adquire, assimila, altera à sua maneira. Não basta criar assim condições excelentes de transmissão de conhecimento, escolas, bibliotecas, professores. Mais fundamental que tudo o resto é preparar as pessoas enquanto membros de uma comunidade de conhecimento para aproveitar as oportunidades extraordinárias de adquirirem conhecimento. Invista-se menos nos meios, e mais no espírito e na cultura, no modo de ser das pessoas. Mais importante que o melhor sistema de ensino é a curiosidade, a apetência pelo conhecimento, que uma cultura inculca nos seus jovens.